Gestão não deve afetar comércio com Espírito Santo

Publicado em 11/08/2011

Apesar do protecionismo histórico democratas, as relações de comércio exterior entre Estados Unidos e Espírito Santo não devem ser alteradas, segundo a economista Arilda Teixeira, da Fucape Business School.

"O agravante é que nesse momento a economia mundial está em recessão e a demanda mundial vai cair naturalmente. Isso sim vai dificultar o avanço nas negociações de comércio".

Há ainda outros fatores atenuantes, segundo a economista. "Vendemos produtos necessários para países emergentes sobreviverem. Podemos encontrar novos nichos nesses mercados. E, no fim das contas, são materiais de que o mercado mundial não pode abrir mão".

Ela salienta ainda que a pauta de importação brasileira tem sido destinada a expandir a capacidade produtiva da indústria, fator positivo, segundo Arilda.

O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Lucas Izoton, analisa como positiva para o Espírito Santo a vitória de Barack Obama nas eleições dos EUA, por conta da tranqüilidade que vai a vitória gerar nos mercados. "Temos ainda do nosso lado o fato de que, a cada ano, exportamos menos para os EUA, e ampliamos parcerias com Ásia e Europa".

"Nosso Estado é considerado o mais globalizado do Brasil. Em 2008, a tendência é de que fechemos com US$ 9 bi de exportação e US$ 8 bi em importação. Se houver calmaria no mercado mundial, e estabilização dos preços das commodities, será positivo para o Espírito Santo".

Para o vice-presidente do Sindicato do Comércio de Importação e Exportação do Estado (Sindiex), Marcílio Machado, no entanto, ainda é cedo para saber qual a política de Barack Obama. "Mas eles vão tentar primeiro resolver os problemas internos, colocar a casa em ordem". Nesse momento, segundo ele, é improvável que hajam grandes acordos comerciais.

EUA X ES
As relações comerciais entre EUA, Brasil e Espírito Santo seguem uma lógica: exportamos comoditties e compramos insumos e bens de capital. Confira:
- O Espírito Santo vende minério, celulose, derivados de aço, mármore e café.
- O Brasil exporta, além das comoditties citadas, soja, açúcar e suco de laranja.
- Nós compramos dos EUA insumos industriais e bens de capital (máquinas e equipamentos).