Startup nos EUA Transforma Basalto Brasileiro em Solução Sustentável para Agricultura e Captura de Carbono

Enquanto o Brasil explora suas vastas riquezas minerais, uma startup nos Estados Unidos está causando impacto significativo na agricultura e no combate às mudanças climáticas. A Lithos, originada de pesquisas na Universidade Yale, tem se destacado ao utilizar rocha vulcânica brasileira, conhecida como basalto, para aumentar a produtividade nas fazendas e contribuir para a remoção eficiente de CO2.

Com menos de dois anos de operação, a Lithos já firmou parcerias com mais de 80 fazendas em nove estados norte-americanos. Recentemente, a startup fechou um acordo inovador, atraindo investimentos expressivos de gigantes como Stripe, Alphabet e Shopify, totalizando US$ 57,1 milhões. O objetivo é remover 154 mil toneladas de CO2 nos próximos quatro anos.

A abordagem única da Lithos utiliza pó de rocha vulcânica para acelerar processos geológicos naturais, promovendo não apenas um aumento na produtividade agrícola, mas também contribuindo ativamente para a captura de carbono. O método, chamado de "intemperismo aprimorado", promete remover entre dois a quatro bilhões de toneladas de CO2 da atmosfera anualmente até meados do século, representando cerca de 40% da remoção total de carbono necessária.

A eficácia da tecnologia foi evidenciada em uma fazenda no norte do estado de Wisconsin, onde a aplicação do pó de rocha resultou na remoção permanente de 175 toneladas de CO2 da atmosfera em apenas seis meses. O agricultor, Paul Lapacinski, também experimentou um aumento significativo de 36% nos rendimentos em um dos campos.

Mary Yap, cofundadora e CEO da Lithos, enfatiza que a infraestrutura para a implementação em larga escala já existe, aproveitando a abundância de basalto encontrado em grandes quantidades como resíduos em pedreiras. Entretanto, desafios operacionais, como a logística de transporte em grande escala, são reconhecidos.

O recente acordo com a Frontier, um grupo que apoia startups de remoção de carbono, permitirá à Lithos acelerar seus planos em três ou quatro anos. Yap destaca a importância de reduzir custos e melhorar a eficiência operacional para atingir a ambiciosa meta de um bilhão de toneladas de CO2 capturadas.

Este relato foi elaborado pelo geólogo e pesquisador, consultor e conselheiro da ABIROCHAS, Sr. Cid Chiodi. Ao intensificar esforços e aproveitar a geração de dados acelerada, a Lithos está mais preparada do que nunca para expandir suas operações, contribuindo significativamente para a agricultura sustentável e a mitigação das mudanças climáticas.