BALANÇO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DE ROCHAS EM 2015Publicado em 04/05/2016 Exportações
As
exportações brasileiras de rochas ornamentais fecharam 2015 com variação
negativa de 5,30% em valor e 8,78% em volume físico, somando USD 1.209,1
milhões e 2,32 milhões de toneladas. Esses números ficaram pouco abaixo do que se
havia projetado a partir do 3º trimestre de 2015 (USD 1,25 bilhão e 2,4 milhões
de toneladas). Em
função do câmbio, caiu o preço médio em USD de quase todos os produtos
exportados, exceto os de bloco de quartzito e granito, neste último caso pela
queda das exportações para a China. Tiveram recuo expressivo as exportações de
ardósias e quartzitos foliados, dando seguimento a um processo observado há
mais de cinco anos. Os
incrementos mais expressivos foram anotados para blocos de quartzito
(2506.20.00), chapas de mármore (6802.91.00) e dos produtos exportados pela
posição 6802.99.90, provavelmente correspondentes a chapas de rochas exóticas e
a produtos acabados. A queda
do faturamento (-15,1%) e do preço médio das exportações gerais brasileiras
foram muito superiores àquelas do setor de rochas. Com dólar médio de R$ 2,353,
os exportadores brasileiros de rochas faturaram R$ 3.004,3 milhões em 2014. Com
dólar médio de R$ 3,331 em 2015, o faturamento foi de R$ 4.027,6 milhões, ou
seja, 34,1% mais do que em 2014, o que deve ter compensado a inflação (10%), o
aumento de custo dos insumos importados e o aumento do custo de trabalho no
período. O
volume físico de chapas exportado em 2015, considerando a soma das posições
6802.29.00, 6802.23.00, 6802.93.90, 6802.21.00, 6802.91.00, 6802.92.00 e
6802.99.90, totalizou 1,22 milhão de toneladas, com incremento 5,1% sobre 2014.
O volume físico de chapas exportado em 2015 corresponderia assim a cerca de
22,6 milhões de m2 equivalentes, com 2 cm de espessura, contra 21,5 milhões m2
equivalentes em 2014. O
volume físico exportado de rochas processadas, incluindo os subcapítulos 6801,
6802 e 6803, somou 1,35 milhão de toneladas, com variação positiva de 3,82%
frente a 2014. Isto foi devido ao aumento das exportações de chapas de granito
e rochas similares pela posição 6802.93.90 (+4,56%) e das exportações de chapas
de mármore pela posição 6802.91.00 (+57,1%). A
participação de rochas processadas, no total do faturamento, evoluiu de 79,31%
em 2014 para 81,77% em 2015, mais pela queda das rochas brutas do que pelo
crescimento dessas rochas processadas. A participação das exportações de rochas
no total das exportações brasileiras evoluiu de 0,57% em 2014 para 0,63% em
2015, mais pela queda das exportações gerais do que pela variação das
exportações de rochas. Importações As
importações de materiais rochosos naturais e artificiais também sofreram
redução significativa em volume físico, somando respectivamente 73,3 mil
toneladas (-25,87%) e 53,2 mil toneladas (-15,18%). O valor das importações de
materiais artificiais (USD 43,1 milhões) superou o dos naturais (USD 42,3
milhões), devido ao seu maior preço médio. Os números das importações são
simpáticos ao desaquecimento do mercado interno da construção civil. O fluxo
comercial do setor de rochas (exportações + importações) totalizou USD 1.251,47
milhões, com um saldo de USD 1.166,80 a nosso favor. Observações As
exportações para os EUA superaram 1 milhão de toneladas (1.036.261,97 t),
gerando faturamento de USD 792,2 milhões em 2015. Frente a 2014, houve variação
positiva de 0,32% no faturamento e 6,89% no volume físico dessas exportações. A
participação das exportações para os EUA, no total do faturamento e volume
físico das exportações brasileiras de rochas, evoluiu respectivamente de 61,8%
e 38,1%, em 2014, para 65,5% e 44,6% em 2015. As exportações efetuadas pelo
subcapítulo 6802, que abriga essencialmente chapas, tiveram variação positiva
de 6,67% em volume físico, somando 98,30% do total exportado para os EUA. As
exportações de chapas para os EUA representaram, assim, 83,5% do total das
exportações brasileiras de chapas, o que corresponderia a cerca de 18,9 milhões
de m2 equivalentes com 2 cm de espessura. O preço médio das exportações de
rochas para os EUA, também essencialmente remetido às chapas, recuou de USD
810/t em 2014, para USD 760/t em 2015. É pouco provável que essas exportações
evoluam positivamente em 2016. As
exportações para a China, que é o segundo maior mercado das rochas brasileiras,
recuaram de forma expressiva pelo segundo ano consecutivo, somando USD 104,4
milhões (-27,73%) e 568,4 mil toneladas (-27,87%). A participação da China, no
total das exportações brasileiras de rochas, em 2015, foi de 8,6% no
faturamento e de 24,5% no volume físico. O preço médio dessas exportações foi
de apenas USD 180/t, mantendo o mesmo patamar de 2014. As rochas brutas
perfizeram 99% do volume físico e 95% do faturamento dessas exportações para a
China. Destaca-se que, até 2013, o volume físico exportado para a China foi
superior ao dos EUA e equivalia a mais de 50% do total das exportações
brasileiras. Não fosse o bom desempenho brasileiro nas exportações de rochas
processadas, especialmente para os EUA, teria sido mais forte o impacto da
queda chinesa no desempenho brasileiro em 2014 e 2015. Assim como para os EUA,
é pouco provável que as exportações de rochas para a China evoluam de forma
significativa em 2016. A
Itália é o terceiro maior mercado para as exportações brasileiras de rochas,
absorvendo um mix de produtos que inclui chapas de mármores e granito
(subcapítulo 6802), produtos de ardósia (6803) e quartzitos foliados (6801),
ainda que predomine o faturamento com rochas brutas carbonáticas (6,6% do
total) e silicáticas (85%). O preço médio dos produtos exportados através dos
subcapítulos 2506 (USD 710/t) e 2516 (USD 340/t), envolvendo respectivamente
blocos de quartzito e blocos de “granitos”, é bastante superior ao das
exportações brasileiras gerais dos mesmos produtos (USD 650/t e USD 208/t) e,
sobretudo, frente aos exportados para a China (USD 350/t e USD 180/t). Os
preços pagos e a quantidade importada pela Itália permitem concluir que este
país está novamente serrando rochas brasileiras, neste caso materiais exóticos,
para atendimento de obras no mercado internacional e, sobretudo, nos EUA. O
parque italiano de serragem de chapas já conta com quase 100 teares multifio
operantes, um número apenas inferior ao do Destaca-se
que para obter o mesmo faturamento atual das exportações do setor (USD 1,21
bilhão), apenas com a venda de rochas brutas (blocos), o Brasil teria de
exportar cerca de 5,4 milhões de toneladas/ano. Pelas dificuldades burocráticas
e custos envolvidos no licenciamento minerário e ambiental das atividades de
lavra, as exportações brasileiras de rochas ornamentais seriam quase totalmente
inviabilizadas. Números das Exportações de Rochas no
Período Janeiro-Dezembro de 2015: ·
USD 1.029,1 milhões de faturamento (-5,3% frente mesmo período
de 2014). ·
2,32 milhões de toneladas (-8,8% frente mesmo período de 2014). ·
81,8% de participação de rochas processadas no faturamento
(contra 79,3% em 2014). ·
58,2% de participação de rochas processadas no volume físico
(contra 51,2% em 2014). ·
2,4% de queda no faturamento com rochas processadas. ·
3,8% de incremento no volume físico de rochas processadas. ·
USD 1.166,8 milhões de saldo na balança comercial. ·
0,63% de participação no total do faturamento das exportações
brasileiras. ·
USD 520,4/tonelada de preço médio das exportações brasileiras de
rochas ornamentais, contra USD 299,8/tonelada das exportações gerais
brasileiras.
Fonte: Abirrochas,
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Fonte: Fonte: Abirrochas, http://www.abirochas.com.br/
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