Algumas tendências no uso de materiais – tais como: a elaboração de chapas ultrafinas (menores do que 1 milímetro) e de folheados de rochas – prometem revolucionar a arte de decoração, recriando o que designers e arquitetos convencionaram chamar de a “Nova Idade da Pedra”.



Com a busca constante pelo uso racional dos recursos naturais, o uso desses materiais tem chamado a atenção, seja pelo fato de serem ecologicamente corretos, econômicos ou seduzirem pela beleza.


Para mostrar um pouco dessas novas tecnologias, ainda desconhecidas por grande parte das empresas brasileiras, o jornalista alemão Peter Becker, 50 anos, da Revista Naturstein, apresentou a palestra “A Nova Leveza da Pedra: Chapas Ultrafinas, Folheados de Pedras e Outras Novidades”, durante a Vitória Stone Fair, realizada no último mês de fevereiro.


Segundo Becker, no caso de pedras como o arenito e a ardósia, uma técnica que tem trazido bons resultados é a produção de chapas ultrafinas de menos de 1 milímetro de espessura.


Para se chegar ao material, é preciso usar uma resina especial diluída em spray sobre um mural de pedra, usar um cortador (espécie de rede de fios) e acrescentar resina novamente. Depois de secar, a “pele” da rocha, com sua cor e textura, saem do material. Em seguida, ela é impregnada na parede.


Outra tendência que promete é o uso do vidro granito. Chapas são cortadas até o limite de 0,3mm de espessura, quando atingem uma forma translúcida.


Usadas em conjunto com vidro e luz, elas fornecem um efeito especial, já que é possível ver as superfícies do granito, o seu interior, com a estrutura dos cristais e as cores.

Becker avalia que este seja um mercado em formação para as empresas brasileiras, que trabalham com uma imensa variedade de produtos exóticos.


Como chegar ao resultado



CHAPAS ULTRAFINAS

    Uso em arenitos, ardósias e xistos
    A partir de um mural de segmentos de arenito, por exemplo, é acrescentada uma resina diluída com spray. Então, a pedra precisa secar. Em seguida, é colocado um perfil, o cortador, que na verdade é uma rede de fios, e acrescentada resina ou látex.
    Seca novamente, e está pronto. É só tirar e, então, a folha sai, quase como uma pele, ou melhor, a “pele” exterior da pedra. Todas as qualidades da pedra ficam lá: cor e textura, coladas no cortador. Depois é preciso impregnar. O cortador é colado na parede, seca e é retirado.
    A tecnologia foi inventada por um biólogo, em 1930, ao documentar segmentos do arenito.


VIDRO GRANITO

    Uso em granito
    Como é mais difícil cortar o granito em chapas ultrafinas, é colado um vidro. Uma chapa de 2cm é cortada no meio, em duas, dos dois lados, de 1cm e 5mm, com fio diamantado. É preciso chegar à espessura de 0,3mm, quando o granito vai se tornar translúcido.
    De um lado, tem-se a chapa ultrafina do granito. Embaixo, o vidro, que pode ser colocado em cima, e com excelente emprego como pavimento, inclusive com luz em baixo, o que oferece um exuberante efeito de decoração.
    Com a luz acesa, é possível ver as superfícies do granito, o seu interior, com toda a estrutura dos cristais e as cores. A tecnologia foi inventada na Itália, pela Grain Tec, que dispõe de sua patente.

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