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Publicado em 13/09/2019

As exportações brasileiras de rochas ornamentais somaram US$ 694,7 milhões e 1, 45 milhões t
entre janeiro de agosto de 2019, com uma variação positiva de respectivamente 15% e 12% em
relação ao mesmo período de 2018. Tal incremento não era registrado desde 2013, já
permitindo afirmar que as exportações de 2019 voltarão a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão.
O desempenho registrado resultou do aumento das vendas dos três grupos de produtos
exportados, conforme mostrado abaixo:
Incremento das exportações em 2019 (Janeiro a Agosto)
Grupos de Produtos Faturamento Volume Físico
Rochas carbonáticas brutas (RCB) +77,0% +95,9%
Rochas silicáticas brutas (RSB) +5,9% +6,8%
Rochas processadas (RP) +17,1% +14,4%
No caso das RSB, o incremento foi puxado pelos blocos de quartzito, cujas vendas tiveram
variação positiva de 49,6% em valor e de 63,8% em peso, com recuo de 8,7% no preço médio.
No caso das RP, o incremento foi principalmente devido à expansão das vendas de chapas de
quartzito pela posição 6802.99.90 (+88,7% em valor e +84,4% em peso), com variação positiva
também registrada para as posições 6803.00.00 (ardósias), 6802.29.00 (chapas de pedra-sabão)
e 6802.91.00 (+47,8% em valor e +52,5% em peso), referente a chapas de mármore.
Os maiores preços médios corresponderam às chapas de quartzito (US$ 2,1 mil/t) e chapas de
mármore (US$ 992,5/t). O preço médio dos blocos de quartzito (US$ 623,3/t) foram superiores
ao das chapas de granito pela posição 6802.93.90 (US$ 562,4/t).
As chapas de quartzito, abrigadas na posição 6802.99.90, compuseram 18,2% do total do
faturamento das exportações, atrás apenas das chapas de granitos pela posição 6802.93.90
(42,4%). As chapas de mármores e os blocos de quartzito, da mesma forma, já representaram
respectivamente 5,6% e 4,3% do total do faturamento.
Entre os principais produtos exportados, apenas as chapas de quartzito tiveram variação positiva
do preço médio (+2,3%), registrando-se variação negativa para chapas de granito da posição
6802.93.90 (-9%), chapas de mármore da posição 6802.91.00 (-3,1%), blocos de quartzito da
posição 2506.20.00 (-8,7%) e produtos de ardósia da posição 6803.00.00 (-2,6%).
O aumento da tarifação dos materiais artificiais chineses, no mercado dos EUA, parece ter de
fato colaborado para as exportações brasileiras de materiais naturais – e até dos artificias – para
esse país. Tanto quanto o aumento dos volumes exportados, o incremento das vendas de
produtos com maior valor agregado, como as chapas de quartzito e de mármore, foi responsável
pela notável variação positiva das exportações brasileiras no período janeiro-agosto de 2019.
Acredita-se que esse incremento não deverá arrefecer até o final de 2019.
Do ponto de vista dos dois principais novos produtos comerciais brasileiros no mercado
internacional (quartzitos maciços e mármores brancos), torna-se preocupante o aumento de sua
venda como blocos, bem como a redução já registrada do preço médio desses blocos.
Mantendo-se a taxa de crescimento registrada para o período de janeiro a agosto (+15,3%), as
exportações brasileiras de rochas poderão fechar o ano de 2019 com um valor de US$ 1,14
bilhão. Independentemente da taxa de incremento do valor a ser alcançado em 2019, teremos
neste ano a primeira variação anual positiva desde 2013.
Houve um incremento de 100 mil t nas exportações de rochas processadas, frente a 2018. A
inespecificidade dos códigos fiscais da NCM não permite diferenciar os produtos
comercializados do subcapítulo 6802, o que dificulta o acompanhamento da evolução da
Terceira Onda Exportadora almejada pelo Brasil, referente a produtos acabados.
Cid Chiodi Filho, geólogo, consultor técnico da ABIROCHAS


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