Fábrica de argamassa usa resíduos de pedras ornamentaisPublicado em 11/08/2011 A determinação de transformar a atividade de extração de rochas em uma produção limpa movimentou os empresários de Santo Antônio de Pádua, noroeste fluminense. A fábrica de argamassa com tecnologia limpa, inaugurada no começo de junho, foi a concretização deste propósito e é um marco importante para a atividade.A produção limpa eleva para um novo patamar o Arranjo Produtivo Local (APL) de Rochas Ornamentais do Noroeste Fluminense e se alinha à política do Estado. No maior pólo mineral do Rio de Janeiro, são empregadas cerca de 6 mil pessoas e a extração é a principal atividade econômica da região. A fábrica da Argamil, empresa do Grupo Mil, da cidade de Três Rios, vai utilizar a tecnologia desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) do Ministério da Ciência e Tecnologia. Com capacidade de produção de 20 mil toneladas por mês, o empreendimento, que gera 100 empregos diretos e outros 100 indiretos, contou com a participação de órgãos federais, estaduais, prefeitura e entidades como o Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, Sebrae e Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) "Mais de 15% das pedras que chegavam às serrarias para o corte eram transformadas em pó, cerca de 2,5 mil toneladas por mês que os empresários pagavam para retirar de suas serrarias. O que era considerado lixo agora é a matéria-prima para a fabricação da argamassa", explica o José Maurício Apolônio, gestor do Sebrae no APL de Rochas Ornamentais. Para garantir o fornecimento, 76 serrarias se comprometeram com o processo e construíram tanques de decantação que separa o pó e ainda permite o reaproveitamento da água. "Para o empresário, isso significa uma economia de 345 mil litros de água por máquina de corte. Mas o grande ganho é evitar a poluição dos mananciais", diz o presidente do Sindicato de Extração e Aparelhamento de Gnaisses do Noroeste Fluminense, João Batista Fernandes Lopes. Em dois anos, o presidente do Sindicato avalia que o pólo, que produz 420 mil metros quadrados de pedras por mês, vai estabelecer um novo marco com a inauguração de fábrica de fertilizantes para reutilizar os resíduos produzidos pelas pedreiras. No processo de explosão para a retirada das pedras, mais de 60% viram cacos. As aparas representam 3 mil toneladas ao mês. "Vamos transformar mais um elemento que degrada o meio ambiente em um produto nobre como o fertilizante", comemora João Batista. |
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